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1 de junho de 2018A musculação por muito tempo foi vista com maus olhos por médicos e especialistas, porém, estudos recentes comprovaram a importância desses exercícios para a saúde quando realizados com bom senso e disciplina.
Além de prevenir o câncer, músculos tonificados e todos os tipos de atividades físicas também combatem a progressão de outras doenças. De acordo com Jani Cleria Bezerra, coordenadora do curso de pós-graduação em Educação Física Hospitalar (COBRASE), a maior quantidade de massa muscular aumenta o metabolismo eliminando mais rapidamente as toxinas presentes no organismo. “Com maior quantidade de massa muscular o corpo produz mais energia e o alimento ingerido não permanece muito tempo no organismo, eliminando rapidamente substâncias tóxicas”explica.
As pesquisas realizadas mostraram que pessoas obesas também podem fazer musculação e serem beneficiadas mesmo sem a queima de gordura durante os exercícios. Segundo Bezerra, isso se deve ao fato de que a oxidação (queima) dos nutrientes ingeridos ocorre no interior das células do corpo, principalmente nas do tecido muscular. “Quando as fibras musculares aumentam em quantidade (hiperplasia) e tamanho (hipertrofia), o metabolismo também aumenta, mesmo em repouso, pois o corpo se mantém ativo. Assim, com atividade maior e permanente das células, o organismo produz mais células de defesa para o sistema imunológico, que atacam e destroem as células cancerígenas” diz.
Pessoas portadoras de câncer também podem utilizar a musculação como forma de melhorar seu estado clínico. De acordo com Bezerra é importante ressaltar que esse exercício pode ser qualificado como qualquer força exercida ‘contra a resistência’, desde o peso do próprio braço ou perna, ou seja, deslocamento de peso. Estudos realizados na área pela própria entrevistada utilizando o Programa de Atividade Física para a Saúde (PAFS) em pacientes durante o tratamento com radioterapia há pelo menos um mês, mostram melhora na resistência cardiorrespiratória e muscular, na força e a flexibilidade. “Resultados indicam que pacientes, mesmo em estado avançado de câncer, podem melhorar a força e o débito cardíaco, diminuir as perdas da capacidade funcional e reduzir/eliminar a Síndrome da Fadiga Oncológica, pertinente à doença e/ou tratamento” finaliza.