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A obesidade infantil é assunto de saúde pública no mundo e precisamos discutir esse assunto tão sério.
No mundo, atualmente 600 milhões de pessoas no mundo estão obesas; 800 milhões são subnutridas crônicas, sendo 159 milhões crianças menores de cinco anos.
No Brasil, dados do Programa Escola Saudável mostram que em vários Estados brasileiros, cerca de 23% das crianças da 1 a à 4 a série do ensino fundamental apresentam excesso de peso (variando de 20 a 33% entre as Regiões). A obesidade atinge cerca de 10% (variando de 5 a 12%). Os índices mais baixos ocorrem no Nordeste e os mais altos no Sudeste e nas escolas particulares.
Conceitualmente, a obesidade pode ser classificada como o acúmulo de tecido gorduroso, localizado em todo o corpo, causado por:
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doenças genéticas,
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doenças endócrino- metabólicas ,
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alterações nutricionais.
Crianças obesas estão expostas a estigmas de peso e podem ser vulneráveis a efeitos psicológicos, como depressão, e efeitos sociais, como o isolamento.
A obesidade infantil pode trazer também outras consequências da obesidade para as crianças, entre as quais:
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apneia obstrutiva do sono,
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problemas ortopédicos,
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diabetes do tipo 2
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doenças cardiovasculares.
Para combater a obesidade infantil, o governo brasileiro busca atingir três metas até 2019:
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deter o crescimento da obesidade na população adulta;
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reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta;
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ampliar em no mínimo 17,8% o percentual de adultos que comem frutas e hortaliças regularmente.
Os pilares fundamentais no tratamento da obesidade infantil são as modificações no comportamento e nos hábitos de vida (tanto da criança como se possível, da família), que incluem mudanças nos planos alimentar e atividade física.
Em termos práticos, a melhor estratégia parece ser uma abordagem multidisciplinar do problema, envolvendo diferentes especialistas de todas as áreas:
Mobilização da comunidade médica:
Os pediatras podem encorajar, apoiar e proteger o aleitamento materno, incentivar hábitos alimentares saudáveis e atividade física, e recomendar limitações na exposição à televisão.
Envolvimento das famílias:
Toda a família deve estar envolvida. Pais e mães fazem coisas incríveis no dia a dia por seus filhos. Mesmo cansados, às vezes até exaustos, são capazes de tudo por eles.
O amor pode ajudar a vencer a Obesidade Infantil. Os pais precisam estar mais próximos dos seus filhos, ajudando, brincando, fazendo novas receitas e educando.
Os pais exercem uma forte influência sobre a ingestão de alimentos pelas crianças. Entretanto, quanto mais os pais insistem no consumo de certos alimentos, menor a probabilidade de que elas os consumam.
Combate ao sedentarismo:
A criança e o adolescente tendem a ficar obesos quando sedentários.
Hábitos sedentários, como assistir televisão e jogar video game, contribuem para uma diminuição do gasto calórico diário.
Além do gasto metabólico de atividades diárias, o metabolismo de repouso também pode influenciar a ocorrência de obesidade.
Menos horas em frente à TV!
A televisão ocupa horas vagas em que a criança poderia estar realizando outras atividades. Há estudos que relacionam o tempo gasto assistindo televisão e a prevalência de obesidade.
A taxa de obesidade em crianças que assistem menos de 1 hora diária é de 10%, enquanto que o hábito de persistir por 3, 4, 5 ou mais horas por dia vendo televisão está associado a uma prevalência de cerca de 25%, 27% e 35%, respectivamente.
Exercício regular e atividade física:
O exercício é considerado uma categoria de atividade física planejada, estruturada e repetitiva. A atividade física, mesmo que espontânea, é importante na composição corporal, porque aumenta a massa óssea, e previne a osteoporose e a obesidade.
O aumento da atividade física é uma meta a ser seguida, acompanhada da diminuição da ingestão alimentar. Geralmente a criança obesa é pouco hábil no esporte.
A criança precisa encontrar a atividade física que mais lhe dá prazer, esta atividade não precisa ser competitiva.
Alimentação saudável:
Na primeira infância, recomenda-se que os pais forneçam às crianças refeições e lanches saudáveis, balanceados, com nutrientes adequados e que permitam às crianças escolher a qualidade e a quantidade que elas desejam comer desses alimentos saudáveis.
Vigilância alimentar:
Regulamentar a venda de alimentos nas cantinas escolares para garantir a oferta de produtos saudáveis e com baixo teor de gordura, açúcar e sódio.
Educação e campanhas de prevenção da obesidade:
A educação é o instrumento mais valioso e eficaz para bloquearmos o aumento da incidência da obesidade e suas complicações. Se nada for feito, segundo previsões, 35% da população adulta brasileira estará obesa em 2025.