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Toca o despertador. Na tela diz que são seis da manhã. Sem qualquer demora e sem recorrer uma única vez ao soneca — uma opção maléfica criada para nos iludir —, há um grupo de pessoas que se levanta, toma um pequeno-café super energético, veste a roupa de treino e, de tênis calçados, começa o dia treinando como se não houvesse amanhã. Por outro lado, há quem prefira aproveitar a hora do almoço, o final de tarde ou a noite para fazer exercícios físicos.
Mas qual será, afinal, a melhor hora para treinar? De manhã, à tarde ou à noite? A edição britânica da revista “Vogue” consultou dois especialistas para obter a resposta: Nonna Glezer, professora de pilates de celebridades como a modelo Gisele Bunchen, e Paul Vincent, co-fundador do Instituto Altos Sports, na Califórnia.
Adiantamos-lhe que há vantagens em cada uma das opções, sendo que também há desvantagens em algumas. O importante é saber adaptar a hora do dia à atividade e fazer a escolha consoante o objetivo pretendido. Por exemplo: treinar de forma intensa, durante a noite, pode levantar problemas relativos à qualidade do sono. Mas vamos analisar cada caso.
Manhã:
Ativa a circulação sanguínea, liberta as hormonios do bem estar e é o melhor despertador natural. Ainda assim, os madrugadores têm de ter em conta que existem alguns cuidados a ter nos treinos matinais: como o corpo esteve muito tempo parado, enquanto dormia, é importante não começar logo com exercícios e movimentos explosivos — o corpo tem de se adaptar e aquecer.
Nonna Glezer prefere iniciar os treinos matinais com exercícios mais lentos e simples. Em entrevista à edição britânica da revista de moda “Vogue”, a especialista chama a atenção para as diferenças de temperatura: “Dê ao seu corpo a hipótese de alinhar-se e de estar ciente do clima sazonal para evitar mudanças extremas de temperatura”.
Ou seja, se a sala está muito quente e na rua está frio, tenha cuidado para não alongar demasiado os músculos. Porquê? Porque, para se protegerem desta diferença de temperatura, podem contrair-se demasiado face ao frio repentino.
À tarde:
Nonna Glezer explica que fazer uma aula de spinning à tarde é muito benéfico para o metabolismo, uma vez o acelera. Por outras palavras, o exercício físico à tarde é o melhor para perder peso, porque, além de estimular a queima de calorias, é a altura do dia em que temos mais energia e, por isso, conseguimos um melhor desempenho.
Um estudo realizado em 2012, pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, mostrou que treinar à tarde é benéfico para o ciclo cartesiano (o relógio biológico do corpo humano), ajudando a prevenir doenças como diabetes, cancro ou depressões, associadas a pessoas com ciclos mal sincronizados. Testado em ratos, mostrou que aqueles que se mexeram mais à tarde produziram mais proteínas importantes para a estabilidade deste ciclo.
À noite:
Os benefícios dos treinos à noite variam muito consoante o perfil de cada pessoa. Por um lado, pode tornar mais difícil adormecer, acima de tudo se estas atividades forem demasiado puxadas. Exemplos: corridas longas ou uma aula de RPM, com música aos berros e luzes muito intensas. Treinar assim à noite pode induzir mais stress e, assim, mexer com a qualidade do sono. No fundo, tem o efeito contrário: em vez de diminuírem a energia, vão aumentá-la.
Gleyzer recomenda, para estas horas, pilates, ioga, ténis, uma caminhada ou natação. No fundo, atividades mais calmas: relaxam e funcionam quase como uma espécie de antidepressivos, uma vez que ajudam a libertar a ansiedade acumulada ao longo do dia.
Conclusão:
Pode continuar a treinar de manhã: é bom para acordar o corpo e para se sentir bem disposto. Tenha apenas cuidado com os músculos e às diferenças de temperatura. Se quer perder peso, aproveite a hora do almoço ou saia cedo do trabalho, porque à tarde é a melhor hora. Se só consegue treinar à noite, não puxe demasiado por si — vai ficar mais stressado e pode ter problemas em adormecer.